As vendas de álbuns físicos e digitais nos Estados Unidos caíram 11% em junho em relação a junho do ano passado, para 130,6 milhões.
Para agravar as coisas, o boom recente de turnês musicais, explorado por bandas e gravadoras, dá sinais de fraqueza em função dos altos preços dos ingressos e do clima de incerteza econômica, e as vendas digitais estão crescendo menos que antes.
De acordo com a Nielsen SoundScan –que acompanha as vendas– 4,98 milhões de álbuns foram vendidos na semana que terminou em 30 de maio, possivelmente a cifra mais baixa desde o início dos anos 1970. A título de comparação, o recorde de vendas de álbuns em uma semana, marcado em dezembro de 2000, foi de 45,4 milhões de unidades.
Vendas de CDs são cruciais
Embora as gravadoras grandes e as independentes estejam apostando seu futuro na música digital, quer se tratem de modelos de acesso ou propriedade real, elas não podem dar-se ao luxo de desistir das vendas físicas, responsáveis por cerca de 70% de suas receitas.
“O formato físico está em declínio, mas acho que não vai desaparecer”, disse Ed Christman, que acompanha as vendas musicais para a publicação especializada “Billboard”.
Embora ainda sejam relativamente pequenas em termos de receita para as gravadoras, o digital streaming, os downloads, as assinaturas online e a publicidade são vistos como cruciais para o futuro da indústria.
“A receita é pequena, mas é uma receita”, disse um executivo de grande gravadora. “Lembre-se que 95% do mercado digital é ilegal. Se conseguirmos ampliar bastante esse 5%, teremos um futuro”.
Fonte: Reuters